Transmissão do herpes zoster: como acontece e por que se proteger
11/09/2025
(Foto: Reprodução) Transmissão do herpes zoster: como acontece e por que se proteger
Crédito: Divulgação
Quem já teve catapora provavelmente nunca mais esqueceu o desconforto. Mas o que muita gente não sabe é que o vírus causador da catapora não vai embora de vez. Ele pode “dormir” no corpo por anos e, em certos momentos da vida, voltar a se manifestar, mas agora como herpes zoster.
E é nesse ponto que surgem muitas dúvidas. Será que herpes zoster pega? Como ele é transmitido? E o mais importante: tem como se prevenir?
Como ocorre a transmissão do herpes zoster?
O herpes zoster não é transmitido do mesmo jeito que uma gripe ou um resfriado. Ou seja, não é algo que você pega só de conversar com alguém infectado. O contágio só acontece quando há contato direto com as lesões ainda ativas, aquelas bolhas que aparecem na pele e que lembram queimaduras.
Essas bolhas contêm o vírus varicela-zoster. Se alguém que nunca teve catapora ou que nunca foi vacinado entrar em contato com esse líquido, pode sim ser infectado. Mas o que essa pessoa terá não é herpes zoster, e sim catapora. Isso porque o herpes zoster é uma reativação do vírus em quem já teve a doença na infância ou foi infectado em algum momento da vida.
Portanto, a transmissão do herpes zoster exige cuidado com as lesões abertas e o contato direto com elas. Quando as bolhas secam e formam casquinhas, o risco de transmissão praticamente desaparece.
Durante o período de sintomas mais intensos, o ideal é evitar o contato direto com pessoas imunossuprimidas, gestantes, recém-nascidos e idosos que ainda não foram vacinados. Esses grupos são mais vulneráveis.
Em caso de dor intensa ou febre associada, pode ser necessário o uso de medicamentos como analgésicos e antitérmicos disponíveis na Drogal, sempre com orientação médica.
“O herpes zoster não é transmitido do jeito que as pessoas pensam. Por aqui, sempre explicamos sobre a vacina e como ela ajuda a prevenir casos mais graves”, explica a farmacêutica responsável pela Rede Drogal, Eliane Messias.
O que pode ativar o vírus novamente?
Vários fatores podem reativar o vírus que estava “adormecido” no organismo:
Sistema imunológico enfraquecido
Estresse físico ou emocional intenso
Uso de medicamentos imunossupressores
Doenças como câncer, lúpus e HIV
É por isso que o herpes zoster é mais comum em adultos a partir dos 50 anos, principalmente aqueles com a imunidade mais baixa.
Além das bolhas, é comum o surgimento de uma dor intensa e persistente, chamada de nevralgia pós-herpética, que pode durar semanas ou até meses depois do desaparecimento das lesões.
Por que a vacina contra herpes zoster é tão importante?
A vacina contra o herpes zoster não evita o contágio da catapora, mas pode reduzir, e muito, o risco de o vírus se reativar como herpes zoster no futuro.
Ela é indicada principalmente para pessoas com mais de 50 anos, mesmo que já tenham tido catapora ou herpes zoster anteriormente. E para quem faz parte de grupos de risco (como pacientes com doenças autoimunes ou câncer), o imunizante pode ser ainda mais importante.
A vacina age estimulando o sistema imunológico a reconhecer e combater o vírus caso ele tente se reativar. Isso reduz não só a chance de desenvolver a doença, como também a intensidade e a duração dos sintomas, incluindo as temidas dores pós-infecção.
Você pode agendar a aplicação diretamente nas unidades da Drogal que oferecem serviços de vacinação, com profissionais capacitados e ambiente seguro.
Transmissão do herpes zoster: como acontece e por que se proteger
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Tratamento: o que ajuda a aliviar os sintomas?
Se a doença já apareceu, o foco do tratamento será aliviar os sintomas e acelerar a recuperação. O médico poderá indicar antivirais para ajudar a controlar a multiplicação do vírus, além de medicamentos para dor, coceira e inflamação.
Pomadas com ação antialérgica, como os anti-histamínicos tópicos, também podem ser úteis em casos de coceira intensa. Tudo depende da avaliação clínica e do estágio das lesões.
Em alguns casos, compressas frias sobre a área afetada ajudam a aliviar a dor. Já roupas leves e soltas evitam o atrito com as bolhas, reduzindo o desconforto.
Nunca se deve estourar as bolhas ou tentar “cutucar” a pele. Isso pode aumentar o risco de infecção e retardar a cicatrização.
Existe risco de transmissão por objetos?
A transmissão do herpes zoster não acontece pelo ar nem por objetos contaminados. A única forma de contágio é o contato direto com o líquido das bolhas durante o período ativo da doença.
Mas é sempre bom manter cuidados básicos com a higiene: lavar as mãos com frequência, evitar compartilhar toalhas, roupas ou lençóis durante a fase com lesões ativas.
Essas medidas são especialmente importantes para quem convive com idosos ou pessoas que ainda não tiveram catapora.
E o herpes zoster oftálmico?
Uma forma mais rara, e perigosa, do herpes zoster é quando ele atinge o nervo óptico, podendo afetar a visão. Os sintomas incluem dor intensa em um lado do rosto, vermelhidão nos olhos, inchaço nas pálpebras e até sensibilidade à luz.
Nesse caso, a procura por atendimento médico deve ser imediata. O tratamento rápido é essencial para evitar complicações nos olhos e preservar a saúde ocular.
Como saber se a vacina é indicada para mim?
Se você tem mais de 50 anos, tem alguma condição que afeta o sistema imunológico ou já teve episódios de herpes zoster, vale conversar com seu médico sobre a vacina.
A aplicação pode ser feita em farmácias que oferecem esse serviço com segurança e acompanhamento profissional, como a Drogal.
É importante lembrar que o sistema imunológico pode ser fortalecido com hábitos saudáveis, sono regulado e, em alguns casos, com suplementação indicada por um profissional de saúde.
Se quiser garantir proteção e tranquilidade, a vacina contra herpes zoster está disponível na Drogal, assim como medicamentos e soluções para o alívio dos sintomas. Consulte o profissional de saúde e veja o que é mais indicado para você.
Farmacêutica responsável
Eliane Messias Rodrigues - CRF ativo: CRF/SP 43.895
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